De retalhos de uma vida cansada
Fez-se súplica na estrada
O solado desgastado
E uma alma desalmada
Reflete as dores do passado
E uma fé minada
E quando não há mais o que dizer
Rompe um soluço de um pranto
Vira trilha sonora...
Soa como um canto,
Que se cantou outrora
Então a dor pungente fere o ser
Fere os sonhos e o viver
Parece não haver mais nada
É chegado o fim da estrada
E com o resquício de força que lhe resta
Por um impulso é capaz levantar o olhar
E se avista uma fresta
Surge um raio de esperança
Que desperta o sonhar
Convidando a entrar na dança
E nunca mais parar.